Os lofts surgiram em Paris em meados do século XIX como ateliês de artistas. As pinturas de grandes dimensões da época exigiam amplos estúdios com tetos altos – os primeiros lofts.
O espaço loft veio originalmente para os Estados Unidos no início do século 20 como lofts de armazenamento perto dos portos de embarque em Nova York e Boston.
Já na década de 1940, alguns dos lofts abandonados de Nova York no SoHo (ao sul da Houston Street) estavam sendo habitados por artistas famintos.
Na década de 1970, o SoHo tinha lofts de andar inteiro que estavam sendo reformados e transformados de propriedades comerciais em residenciais. Dado que esta era tecnicamente uma zona comercial, 92 por cento destas residências eram ilegais. No entanto, o grande número de novos residentes forçou a cidade a rezonear a área e permitir que os edifícios fossem convertidos em apartamentos.
Essa tendência se espalhou do SoHo de Nova York para outras áreas urbanas do país nos 20 anos seguintes.
Em 1980, a psicóloga ambiental Susan Seagart consultou mais de 2.500 trabalhadores em 53 empresas e instituições em Denver. Seus resultados revelaram que havia um forte mercado para moradias no centro da cidade entre mulheres e homens solteiros, mães solteiras e casais não casados que viviam juntos.
A maior parte das grandes cidades dos EUA começou a sofrer uma revitalização urbana no início da década de 1980, com a construção de novas habitações nas zonas centrais e a renovação de edifícios de charme clássico. Isto foi auxiliado por tratamentos fiscais favoráveis, alterações de zoneamento e investimento público em projetos de grande escala para áreas centrais.
Residências loft surgiram em todo o país em edifícios de escritórios convertidos (Filadélfia, Nova York, Boston), armazéns, fábricas e lojas (Atlanta, Minneapolis, Cincinnati e Cleveland), orlas recuperadas (Nova York, Milwaukee, Cincinnati), áreas históricas (Charlotte, Lexington e Chattanooga), terrenos “encontrados” (Des Moines, Nova York) e novas construções de uso misto (Chicago).
As cidades com a maior percentagem de crescimento no centro da cidade na década de 1990 foram Miami, Boston, Atlanta, Chattanooga, São Francisco, Chicago e Seattle.
Programas como Seinfeld, Friends e Sex and the City glorificaram a vida urbana para jovens de 20 a 30 anos.
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